terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Abin reage a controle militar e rejeita ser 'Tropa do Elito'

Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entraram em choque com o general José Elito, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ao qual é subordinada. Em carta à presidente Dilma Rousseff, a chamada "comunidade de inteligência" afirma que é civil e deve estar ligada à Presidência. A possibilidade de perder a Abin é vista pelo general como um ato de esvaziamento do GSI, reduzindo seu trabalho à segurança presidencial. Já os oficiais da Abin dizem que não querem ser a "Tropa do Elito". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe de transição da presidente chegou a estudar a desvinculação da Abin da GSI, mas o trabalho ficou pela metade e até agora não há clareza sobre o que o novo governo quer da agência. A "comunidade de inteligência" se irritou com a exigência do general de que todos os relatórios do serviço sejam submetidos previamente a sua análise. A decisão do general de avaliar a possibilidade de acabar com o Departamento de Contraterrorismo, criado em 2008 na gestão Paulo Lacerda, aprofundou ainda mais a crise. Avisado de que não poderia acabar com o departamento, pois o Brasil é signatário de tratados internacionais coordenados pelas Nações Unidas, o general Elito teria dito, segundo os oficiais da inteligência: "Quero que a ONU se exploda."

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