quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Das mãos dos vilões da minha estória............

====================================


Na década de 50, nos altos do Tucuruvi em São Paulo, entre linhas epipas, bolinhas de gude, piões, balões e peladas em campinhos deareia, cresci.
Daquele ambiente tirei lições que formaram meu carátere que as guardo no peito até hoje, blindadas contra o modismo da éticae a banalização da moral. Meus "valores"!
Lembro-me bem que, qualquer diferença de pensamento ou de atitude erasuficiente para deflagrar uma briga entre amigos ou irmãos.
Aquele empurra-empurra extrapolava a possibilidade de um consenso, masmostrava claramente que as partes, através da força, procuravamsomente impor uma opinião, e a briga quase sempre se resumia aosempurrões.
Mas às vezes, naqueles entreveros, uma figura odiosaentrava em cena e estirando a mão entre os rostos dos oponentes,desafiava:
- "Quem for homem cospe aqui!"
Os brios sendo colocados àprova resultavam numa cusparada mútua, que em uma fração de segundo setransformava numa saraivada de socos e pontapés.
Geralmente o autordesse estopim molhado era um garoto mais velho ou mais forte, que sedivertia diante da desinteligência dos menores e mais fracos. Atrásdessa artimanha, escondia sua verdadeira intenção: "desagregar parareinar!
"Amigos, não podemos permitir que esses desafios descabidos se interponhamainda hoje entre nós.
Não podemos permitir que a intolerância às diferenças de pensamento nos leve às vias de fato. Temos que aproveitar as diferenças para criar um ambiente heterogêneo, rico emopções e horizontes.
Somar sim. Dividir, não.
Temos que resgatarnossos valores mais singelos para buscar grandes soluções.
Envio essa mensagem a dois grandes amigos que não perceberam a tempo, que a mão desafiadora que se interpôs a seus rostos, não teve intenção diferente das mãos dos vilões da minha estória.
Pensem nisso.

Um forte abraço
Serenidade
Celso Big Dog


=====================================

Nenhum comentário: