domingo, 26 de agosto de 2007

Será que falhamos?

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2007-08-20

Esta é a pergunta que me persegue.
Será que, diante deste quadro tão feroz de perseguição, de imoralidades operacionais, de interferência nos procedimentos técnicos, que incorrem em aumento de risco à aviação, será que não seria justo esperar que nossos colegas de todo o país protestassem tecnicamente, caracterizando, assim, assertividade no procedimento de contestação?Eu, sinceramente, gostaria de ver, agora que estamos segregados em vários outros lugares, que nada têm a ver com o ATC, gostaria de assistir nossos colegas assumindo posições “EM NOME DA SEGURANÇA DAS PESSOAS QUE VOAM”, como todos os que foram afastados e presos fizeram. E, se isto significasse mais prisões, mais constrangimento, mais inimizades com esse pessoal que aí está, rasgando a legislação ATC que eles mesmos estabeleceram, saibam que este é o preço. É assim que devemos reagir, até que todos estejamos presos, humilhados e coagidos.
Lembrem-se, entretanto, que há limite para tudo. Chegará o dia em que não haverá mais a quem prender ou a quem humilhar.Alguém poderá dizer sobre a sobrevivência da família, da dependência deste salário, da falta de opção profissional, das dívidas, do futuro e de tudo o mais que temos a temer nesta vida...
Ainda assim, temos mais da metade do nosso pessoal com mais de dez anos, significando dizer que há estabilidade e que, perdoem-me a franqueza, isso não é desculpa!
Lembre-se, Senhor Controlador de Tráfego Aéreo, nada há contra nós, e é por isso que nos humilham, nos designam para outros locais, nos apertam no militarismo. Portanto, está na hora dos senhores nos acompanhar nas prisões. Ou admitamos que falhamos em agir corretamente ao observar as legislações ATC. E, assim, tudo o que falamos se perdeu na primeira dificuldade séria que enfrentamos...
Eu acredito num ATC melhor no futuro, com procedimentos sendo cumpridos à risca, com profissionais sérios, com carreiras bem estabelecidas, com mantenedores compartilhando destes benefícios da mesma forma que nós.
De fato, sei que isto, muito em breve, será a nossa realidade.Meu apoio aos colegas presos. Minha dor aos que conjuntamente sofrem, familiares, pais e mães, esposas e filhos. Nós teremos do que falar lá na frente, quando tudo isto passar...

Um Forte abraço, Moisés Almeida - FEBRACTA

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