segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Operação "Tapa Buracos"....



=========================================================================================
Ultimamente as autoridades do meio aeronáutico brasileiro têm se empenhado em gastar o dinheiro do PAC – Plano Anti-Caos, na “Operação Tapa-buracos” do setor aéreo.
Nota-se que tapumes estão sendo colocados para isolar o usuário do transporte aéreo da estrutura aeroportuária carcomida pelos cupins da incompetência administrativa.
Negociam os aeroportos brasileiros como o "Jogo do Mico", aquela carta indesejável que ninguém quer estar com ela no final.
Ainda assim, pode-se notar que um ou outro jornalista se arrisca a apostar que a normalidade foi atingida.
Incrédulo a milagres dessa natureza, pergunto: “Quem me garante que”:- os atrasos, as aglomerações de passageiros nos aeroportos não foram diluídas pelos aeroportos de todo o país, dando a falsa sensação de normalidade?- os desvios de rotas, por caminhos mais longos, que eliminaram a incômoda sensação de permanência das aeronaves em órbita não tenham aumentado brutalmente o consumo de combustível das empresas aéreas, se anteriormente a penalização só se aplicava quando necessária a algumas aeronaves, e hoje se aplica a todas?
- as tripulações não continuam a se arrebentar em jornadas prolongadas tendo como desculpa o uso regulamentar da “imperiosa necessidade”?
- a capacidade aeroportuária de absorver o volume de tráfego foi resolvida se esse gargalo sempre foi creditado injustamente ao controlador e não à Infraero?
- as empresas aéreas não continuam a se utilizar do expediente de transferir panes de aeronave para aeronave até que a peça defeituosa chegue voando à base de manutenção para troca definitiva, sob a desculpa esfarrapada “trocado wing anti-ice esquerda do PP-PPP com a direita do PP-QQQ para pesquisa de pane”?
Eu só tenho certeza que a pressão militar sobre os controladores os impede de dizer que “tudo está como dantes no quartel de Abrantes”. Nada mudou para melhor.
O que há de novo é um número maior de controladores recém-formados que sequer sabe atender ao telefone, e um ou outro jornalista adulador de ministro, a publicar:
“- Parabéns Ministro, minha viagem no carnaval foi uma maravilha”!Quando se fala em problemas no transporte aéreo “o buraco é mais em cima!”
Os controladores continuam investindo tudo o que possuem num PAC - Plano Anti-Colisão, enquanto aguardam ansiosos por outro PAC - Plano de Atividade Civil, mas são massacrados pela Aeronáutica no único PAC que vingou até agora: o Plano Anti-Controlador.

Big Dog

=======================================

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Celso, que não conheço, mas admiro. A verdade ladeia os fracos.

E aparecerá materializada no próximo acidente aéreo. Em breve, mais uma MAC (Mid-Air-Collision). Aos que não acreditam, escrevam: Ocorrerá no ponto limítrofe intersetorial de um APP e/ou ACC.

Teremos desvios de formação e esperas acumuladas em um só ponto (aeronaves empilhadas) desorganizadas, sem anotações pertinentes nas strips.

Alguém, controlador e/ou assistente estará envolvido em algo que era prioridade no passado e não foi feito. As panes não relatadas encobrirão os altos índices de indisponibilidade técnica.

A responsabilidade maior ficará afastada dos gestores. O frágil elemento humano, personificado na figura sem vida das tripulações ou dos controladores inexperientes será culpado, mais uma vez.

O tempo trará um novo Relatório Final com recomendações ou serão repetições? Lições não apreendidas? E também trarão conformismo e paz de espírito a algum familiar.

Outros continuaram a acreditar "que só acontece com os outros" e o ciclo será repetido... over and over...

Com a cultura porca que impera nos órgãos ATC, somado ao medo e regime de terror, aos sargentos, suboficiais e também civis que se vendem a interesses mesquinhos em troca do silêncio.

Da não-manifestação, do não-preenchimento de Relatórios de Prevenção, SMO, RMR, LRO.

Sem falar nesses oficiais-supervisores - INCOMPETENTES, IRRESPONSÁVEIS, OMISSOS, que nada fazem para relatar as não conformidades orgânicas. Que não manifestam sua indignação. Que são na essência MILITARES. Pensam que são, mas nunca foram CONTROLADORES DE TRÁFEGO AÉREO.

Que o tempo e a memória dos controladores, das autoridades civis e militares não apaguem os rostos, os nomes dos mortos do passado recente. Oremos, na modalidade pré-datada, pelos que virão.

Big Dog, pergunto-vos: Como se faz para esconder destroços de duas aeronaves e os restos mortais dos passageiros que não caíram na floresta tropical ou foram carbonizados em área urbana?

Não sei se tens a resposta. Mas caso a tenha, encaminhe ao COMAER.

Os Filhos de Ícaro precisam saber de antemão o que fazer.

Como disse - "A verdade ladeia os fracos, mas persegue os injustos".

Anônimo disse...

Caros brasileiros usuários do transporte aéreo, controladores de tráfego aéreo NÃO-OMISSOS, o que descreverei a seguir é vergonhoso, nojento, absurdo e acarreta INSEGURANÇA ao sistema como um todo.

Falaremos de algo que está ocorrendo a medida que digitamos estas linhas. É praticamente em tempo real. Feito de modo atabalhoado e inconsequente. Uma palhaçada em forma de pretensa preparação.

Um pequeno histórico:

O texto abaixo foi extraído da intranet do COMAER (INTRAER). Para ser mais exato em www.decea.intraer em 23/06/08. Adicionado ao presente foi posicionado na forma de um ‘pop-up calendário’, com a contagem regressiva para o evento auditoria ICAO 2009.

“Auditoria da OACI

A sua unidade já está preparada?

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) - órgão filiado à Organização das Nações Unidas (ONU) - realizará, DE 4 A 15 DE MAIO DE 2009, uma auditoria de essencial importância para todo o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro e, em especial, para o DECEA.

Essa inspeção - chamada “Programa Universal de Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional” ou, simplesmente, USOAP (Universal Safety Oversight Audit Programme) – é realizada regularmente pelos auditores da OACI em todos os Estados contratantes. De caráter obrigatório, seus resultados, dada a credibilidade da instituição, costumam ser avalizados por toda a comunidade da aviação civil internacional - e imprensa -, gerando demandas e conseqüências, muitas vezes, de grande repercussão.

É considerável que todas as unidades, sub-departamentos, e organizações militares atuantes no SISCEAB estejam cientes da realização desse programa, de modo a tomar os devidos procedimentos de ajuste aos padrões exigidos pelo órgão da ONU.

O USOAP

O Programa Universal de Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional (USOAP) tem o objetivo de promover a melhoria da segurança global da aviação civil, através da realização de auditorias nos países contratantes, a fim de verificar as suas capacidades em realizar a vigilância da segurança operacional. Realizado regularmente, o USOAP avalia o nível de implementação dos elementos críticos de um sistema de vigilância da segurança operacional, bem como o estágio dos Estados na implementação dos padrões e práticas recomendadas (SARP’s), procedimentos associados, material técnico (regulamentações) e práticas de segurança operacional.

Em 2000, o Brasil foi submetido a uma auditoria relativa a apenas 3 Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional, quando se constataram índices satisfatórios acima da média mundial. Entretanto, com a Resolução A35-6, adotada na 35ª Assembléia da OACI de 2004, o USOAP adquiriu um enfoque sistêmico e global aplicável às disposições correlatas contidas nos demais Anexos à Convenção de Chicago.

Assim, a OACI vem executando uma auditoria extremamente mais exigente - ao envolver, agora, 16 dos 18 Anexos - e transparente - ao tornar públicos os relatórios finais de cada país auditado pelo Programa. Esta será a primeira vez que o Brasil será submetido aos 16 Anexos do programa.

Considerando que o Brasil consta, uma vez mais, da agenda desse programa, o Vice-Diretor do DECEA, no uso de suas atribuições regulamentares, julgou por bem baixar a Portaria DECEA No 63/VICEA, EM 15 DE DEZEMBRO DE 2006, com a qual aprovou a constituição de um Grupo de Trabalho (GT), cuja finalidade é coordenar a preparação para essa Auditoria da OACI. Assim, o citado documento concedeu ao GT USOAP, como ficou conhecido, um prazo de quinze meses para o cumprimento de seus trabalhos.

Sob a coordenação da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI) e com a participação de técnicos dos diversos órgãos que compõem o DECEA e de assessores especialmente convidados, o Grupo tem atuado segundo um cronograma de eventos que compreende, dentre outros, auditorias internas e análises críticas das não-conformidades levantadas, com vistas à elaboração dos correspondentes planos de ação, os quais, em seu conjunto, conformam o presente trabalho, adaptado do Manual da OACI sobre Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional (Doc 9735/2006).”

Até o dia 06 DE MAIO DE 2009, figurava em outro endereço da intraer, www.cindacta1.intraer – link ‘CMDO’/ ‘SIPACEA’/’Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do CINDACTA I de 2006’.

Para você desconhecedor do sistema, explico. PPAA – Planos de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos seguem uma diretriz básica emanada pelo DECEA e cada ente ligado a atividade aérea (civil ou militar) monta o seu.

Como explicar, que depois do segundo maior acidente aéreo do país, GOL 1907 e, considerando o já ocorrido com o TAM 3054, a CULTURA de SEGURANÇA apregoada e tão defendida pelos pretensos GESTORES PÚBLICOS FEDERAIS (Oficiais do COMAER), tenha sido relegada a NÃO-ATUALIZAÇÃO do referido documento, em uma página de intranet? Como imaginar que o público interno, em sua maioria, Controladores de Tráfego Aéreo do CINDACTA I, foi privado das lições e aprendizados, apresentados e sumarizados no PPAA?

O PPAA 3-1, do CINDACTA I 2006/2007, note-se que o grau de sigilo era “RESERVADO”. Em seu item 1.5 delimita seu período de vida:

“ESTE PROGRAMA DE PREVENÇÃO TEM VIGÊNCIA DE 31 DE JULHO DE 2006 A 30 DE JULHO DE 2007, substituindo a edição anterior, ainda podendo ser complementado sempre que as circunstâncias revelarem tendências ainda não estabelecidas e que requeiram ações complementares para a manutenção e o aperfeiçoamento da segurança do controle do espaço aéreo.”

Somos levados a pensar que no ritmo que estamos indo, impelidos pela pressão da AUDITORIA da ICAO, vigendo desde o dia 04, estendendo-se até o dia 15 de maio de 2009. Há uma previsão de início para a auditoria no CINDACTA I no dia 11/05/09.

HOJE, dia 07 DE MAIO DE 2009, figurava na intraer, www.cindacta1.intraer – link ‘CMDO’/ ‘SIPACEA’/’Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do CINDACTA I de 2008’.

O PPAA 3-1, do CINDACTA I 2008/2009, o grau de sigilo passou a “OSTENSIVO”. Em seu item 1.5 delimita seu período de vida:

“ESTE PROGRAMA DE PREVENÇÃO TEM VIGÊNCIA DE 31 DE JULHO DE 2008 A 30 DE JULHO DE 2009, substituindo a edição anterior, ainda podendo ser complementado sempre que as circunstâncias revelarem tendências ainda não estabelecidas e que requeiram ações complementares para a manutenção e o aperfeiçoamento da segurança do controle do espaço aéreo.”

A todos vocês inocentes e idiotas que não vêem o que há dentro dessa caixa preta chamada SISTEMA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO, aí vão mais algumas dicas do ESTELIONATO ADMINISTRATIVO:

1) Vários acertos sendo feitos às pressas. Acordos, revisões, documentação publicizada ao público interno;

2) Reuniões com efetivo do CINDACTA I para ENSAIAR como será feito o ‘teatro’ para os membros da Comissão Auditora da ICAO;

3) Lançamento de inúmeros documentos no ano 2009 para compor o imenso arcabouço legislativo aeronáutico. Vide http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb;

4) A vedete do momento é a “GESTÃO DA QUALIDADE” (DCA, ICA, MCA -800-1) e assim sendo, vejam a pérola:


Extraímos da ICA 800-1, GESTÃO DA QUALIDADE NO SISCEAB:


“6.4 PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS

6.4.1 CONTROLE DE PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DO SERVIÇO

6.4.1.4 Considerando-se que serviços bem prestados são os efeitos planejados e desejados dos processos operacionais, QUAISQUER INDICAÇÕES CONTRÁRIAS (não-conformidades de processo, de serviços, reclamações de clientes, etc.) DEVEM GERAR MELHORIAS NOS PROCESSOS, COM O OBJETIVO DE ELIMINAR A CAUSA DOS PROBLEMAS IDENTIFICADOS. Isto pode demonstrar, por exemplo, a necessidade de uma instrução de serviço documentada em um caso em que inicialmente tenha sido considerado como desnecessária, a necessidade de monitoramento adicional do processo, a alteração dos parâmetros do processo ou uma alteração nas atividades de manutenção. Reforça-se então que a análise e o controle dos processos devem ser os balizadores para a eficácia de um Sistema documentado e não de um Sistema de documentos.”


E daí, vem o JEITINHO. Chame como quiser. Eu chamo de PERIGOSA TOLERÂNCIA. INCAPACIDADE DE AUTOCORREÇÃO. INDISPONIBILIDADE DE MEIOS.
Enfim...leia você mesmo.


“7.6 TRATAMENTO E CONTROLE DE SERVIÇO NÃO-CONFORME

7.6.1 O tratamento do serviço não-conforme tem por objetivo impedir que este seja inadvertidamente fornecido ao aeronavegante.

7.6.2 Desta forma, devem ser estabelecidas as responsabilidades, autoridades e a metodologia associada, incluindo atividades para:

a) identificar o serviço;
b) documentar o tratamento;
c) segregar o serviço;
d) analisar a não-conformidade e identificar suas causas; e
e) decidir o destino a dar ao serviço não-conforme.

7.6.3 As metodologias de controle de serviço não-conforme devem estar formalizadas em um procedimento documentado.

7.6.4 QUANDO FOR NECESSÁRIA A ACEITAÇÃO E A LIBERAÇÃO DE UM SERVIÇO NÃO-CONFORME, TAL DECISÃO CABERÁ À AUTORIDADE COMPETENTE. Neste caso devem ser mantidos os registros das decisões, identificando o respectivo responsável.”


OBS: Fica o alerta na maquiagem que foi feita entre o PPAA 2006/2007 e o PPAA 2008/2009 - CINDACTA I. No primeiro (GRAU DE SIGILO ' RESERVADO') tinhamos os salutares dados dos FATORES CONTRIBUINTES, em gráficos e dados tabulados para estudos e análises.

Já no último, disfarçado de 'TRANSPARENTE' e disponibilizado com o GRAU DE SIGILO 'OSTENSIVO'...só texto explicativo e conceitual.

Ficando, por derradeiro, com dois dos Príncipios da Filosofia SIPAER:

6) Os Diretores são Os Principais Responsáveis Pelas Medidas de Segurança.

Todos somos responsáveis pela prevenção de acidentes porem, e inerente à alta administração a responsabilidade da preservação dos recursos técnicos e operacionais da empresa, uma vez que o poder decisório emana de quem tem a capacidade de prover os recursos necessários para o desenvolvimento da atividade.

Dessa forma, presume-se que nenhuma ação ou programa de prevenção de acidentes logrará êxito se não for suportado pela ação administrativa da tomada de decisão em prol da segurança. Por isso, as atividades de prevenção de acidentes proporcionam uma maior eficiência à ação de cada setor e a empresa de modo geral.

7) Em Prevenção de Acidentes não há Segredo e nem Bandeira.

As experiências e os ensinamentos obtidos através do desenvolvimento da prevenção de acidentes em qualquer parte do mundo estão disponíveis para quem deles necessitar uma vez que qualquer risco gerado na aviação tem características globais e suas conseqüências também podem se manifestar de forma global.

Dessa forma, as experiências somadas podem ser aproveitadas de acordo com a realidade de cada operador, bastando para isso que a própria experiência seja considerada na sua aplicação.
A troca de informações visa o bem comum e, por isso, não devem ser criados obstáculos ao seu desenvolvimento. É preciso considerar que o erro de um é sempre ensinamento para muitos.


Com a palavra, sempre obedecendo a ‘HIERARQUIA’ e a ‘DISCIPLINA’:


Antonio Marcio Ferreira CRESPO – Maj Av, Chefe da SIPACEA 1, CINDACTA 1;


RAFAEL RODRIGUES FILHO – Brig Ar, Comandante do CINDACTA 1;


RAMON BORGES CARDOSO – Ten Brig Ar, Diretor-Geral do DECEA.


Nação Brasileira, VERGONHA e NOJO cobrem meu ser.