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O Globo 21/08/2008.
O País.
Texto confirma falhas técnicas denunciadas pelos Controladores de Vôo......
O tribunal de contas da união (TCU) aprovou ontem um relatório sobre o sistema de controle de tráfego aéreo que confirma falhas técnicas já denunciadas pelos controladores de vôo e afirma que elas podem comprometer a segurança de vôos. Foram listados 13 problemas de segurança, manutenção de equipamentos e treinamento de ptofissionais.
Há ainda criticas ao contrato de licitação entre o Departamento de Controle do espaço Aéreo (DECEA), subordinado à aeronautica.
O contrato, segundo o TCU, teria sofrido aumento de 407,5 % no valor de 1.108,307 para 5.525,272, sem mudança na prestação de serviço.
A primeira conclusão do TCU diz respeito as falhas que podem prejudicar a segurança, como alvos falsos, que representam aeronaves inexistentes que aparecem nas consoles de visualização dos controladores.
Segundo o relatório, com arepetição de alvos falsos, um alvo real (avião) pode ser confundido com um falso e a separação entre duas aeronaves pode deixar de ser feita, o que coloca em risco a segurança da operação.
O texto alega que problema foi visto pelos técnicos do tribunal em vários órgãos visitados.Também foi sitado a perda de contato radar, ou seja, o sistema inexperadamente deixa de detectar aeronaves que vinham sendo identificadas.
O problema, segundo o TCU, é que quando há vários aviões sendo monitorados ao mesmo tempo, o controlador pode não perceber está perda de contato, e o sitema não emitir alerta.
Outra falha é o acionamento de alerta anticolisão com alvo falso e não com o real, quando a separação entre duas aeronaves atinge valores mínimos previstos.
E mais.......
TCU aprova relatório que aponta falhas no sistema de controle aéreo
Agência Brasil BRASÍLIA -
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou relatório que apontou 13 problemas no sistema X-4000, utilizado no controle do tráfego aéreo.
O relatório confirma muitas das denúncias feitas por controladores de vôos e afirma que as falhas encontradas 'podem comprometer, de modo isolado ou em conjunto com outros fatores, a segurança dos vôos'.
Foram, basicamente, três grupos de problemas encontrados na auditoria feita pelo TCU. O primeiro é operacional, com falhas como duplicação de alvos, perda de contato, e aparição de alvos falsos na tela dos controladores; travamento do X-4000; e dificuldades no tratamento de informações falsas que entram no sistema.O segundo grupo é de falhas na manutenção do sistema, como falta de peças de reposição e descumprimento do contrato de manutenção do sistema pela Fundação de Aplicações Críticas Atech.
O terceiro conjunto é de problemas na funcionalidade, como a não apresentação de informações importantes para o controle de vôo, informações imprecisas nos controles de aproximação do Rio de Janeiro e de São Paulo, mudança automática no nível de vôo sem determinação do controlador e falta de integração do X-4000 com o sistema de gerenciamento das torres de controle.
Um quarto bloco é de deficiências no treinamento dos usuários, como a falta de padronização na forma como os controladores são formados e orientados a utilizar o X-4000.Também foram encontrados problemas como indícios de ato antieconômico na contratação do serviço de manutenção com a Atech, carência de recursos humanos para dar suporte ao sistema e interferências no sinal de rádio.
Muito Grave
Retirado do Relatório1.43.
Em cada visita, realizaram-se entrevistas com técnicos, gestores e controladores de vôo, todos selecionados pelo próprio Decea.Achado VIII - Mudança automática do nível de vôo sem aquiescência do controlador4.17.
Durante as entrevistas, todos os controladores questionados afirmaram que não concordam com a mudança automática do nível de vôo sem aquiescência do controlador.Conclusão4.22.
O sistema X-4000 possui uma funcionalidade que altera automaticamente a apresentação do nível de vôo no ponto previsto sem aquiescência do controlador.
Por meio de entrevistas e análise dos livros de registro de ocorrências, relatórios de perigo, situação dos meios operacionais e relatórios de atendimento ao cliente, foi constatado que os controladores acham que essa funcionalidade deve ser suprimida.
Entendem os controladores que, se houver falha no transponder da aeronave ou no radar secundário e a aeronave não estiver voando no nível previsto, o sistema apresentará um nível de vôo incorreto, o que pode comprometer a segurança da operação. A solicitação dessa alteração já foi feita ao Decea.
Em reunião realizada no gabinete do relator, os gestores alegaram que não promovem essa alteração por temerem que isso possa ser usado na esfera judicial, uma vez que os controladores envolvidos no acidente do GOL 1907 usaram, como linha de defesa no processo sobre o caso, a tese de que essa funcionalidade teria sido uma das causas do acidente * muito grave essa atitude dos gestores – em primeiro lugar a segurança*.
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