Um projeto esboçado pelo ministério da Defesa prevê a transferência de controladores de vôo para uma empresa de capital misto a ser criada, possivelmente, no ano que vem.
Aos moldes da Infraero, o novo órgão teria, no entanto, 51% de ações nas mãos do Governo.
A medida poderia ser a primeira ação do governo em direção à desmilitarização do setor, segundo o professor da Universidade Federal Fluminense especializado em aviação, Gustavo Cunha Melo.
De acordo com o advogado da Federação Brasileira dos Controladores do Tráfego Aéreo, Roberto Sobral, a mudança pode ser benéfica para a segurança dos passageiros.
O ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro Mauro Gandra, afirma que parte dos controladores militares poderia ir para a reserva ou migrar para a defesa aérea. Mas a contradição está no fato de que o governo continua a formar mais controladores militares do que civis.
Ouça a reportagem pelo link abaixo.
http://www.bandnewsfm.com.br/conteudo.asp?ID=57248
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Um comentário:
A questão da desmilitarização do controle de tráfego aéreo tem duas grandes vertentes, independentes e igualmente críticas. a) Pessoal e b) Comunicações, Hardware e Software O sistema inaugurado pelo Cindacta I na década de 70 inovava ao centralizar tusio debaixo do comando militar, fato que reduzia sensivelmente os custos totais do sistema ao evitar redundâncias e desperdícios principalmente na vertente "b)". O crescimento do tráfego aéreo nacional nas últimas décadas, assim como a forte informatização do sistema, fez com que aquilo que era uma tarefa simples e repetitiva nos idos da década de 40/50, um típico trabalho spara "técnicos", fosse atribuida à competencia dos quadros de sargentos, como é até hoje. Agora, esse mundo mudou, e muito, o trabalho exige muito maior especialização e responsabilidade e a FAB não tem como substituir os sargentos por oficiais ou ainda promover apenas os sargentos do controle de trafego aérea e deixar de fora os demais sargentos da força. A tal da "Isonomia" é a grande vilã deste cenário e o que mais dificulta à FAB encontrar uma saída definitiva para os problemas verificados. No lado de equipamento a coisa também é confusa, com um país tão grande vamos manter os radares na mão da FAB a despeito de dismilitariazação proposta? Ou criaremos dois sistemas duplicados e sobrepostos, um para uso militar e outro para uso civil? Tal ineficiência seria justificável nom pais com tantas restrições orçamentárias como o nosso? A aquisição de novos sistemas de controle aéreo facilmente alcançaria cifras de centenas de milhões de US$, talvês bilhões! Vamos bancar isso como nação? São muitas perguntas e poucas certezas, nada muito simples como imaginaram os pensadores do atual governo no primeiro momento...
Felipe Salles
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